Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 

 

 

Senhor Santo Cristo dos Terceiros saíu à rua entre grande devoção

No dia 14 de fevereiro realizou-se, como é tradição, a procissão do Senhor Santo Cristo dos Terceiros, que levou milhares de pessoas à Ribeira Grande, naquela que é uma penitente manifestação pública de fé quaresmal, saindo da igreja do antigo convento dos Frades, que foi transformada em Museu Vivo do Franciscanismo.

Esta festividade dos Terceiros resistiu às vicissitudes do tempo e, graças à Secular Ordem Terceira e à Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, foi possível preservar um importante legado de um Património Cultural Imaterial dos Açores. É de recordar que convento dos Frades, também conhecido por Igreja de Nossa Senhora do Guadalupe, construído em 1626, encerrou em 1833, devido à extinção das ordens religiosas em Portugal, decretada pelo regime político, sendo depois entregue à Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande para acolher o hospital da instituição, em substituição do antigo hospital anexo à Igreja da Misericórdia, no núcleo central da cidade.

Assim, tal como manda a tradição no I Domingo da Quaresma, realizou-se uma solene concelebração litúrgica, sob a presidência do Capelão da Misericórdia, Pe. Manuel Galvão, acolitado pelos Pes. Norberto Pacheco, Roberto Borges Cabral e pelo Franciscano Frei Mário. Foi Mestre-de-cerimónias o Pe. Vítor Medeiros. O coro litúrgico foi constituído pelos grupos corais da ouvidoria, sob regência de Gilberto Silva, sendo organista José António Garcia.

 Na homilia, o capelão da Misericórdia da Ribeira Grande lançou algumas reflexões relativas ao primeiro domingo da Quaresma para ajudar a entender que todos os homens passam pelas tentações, tão constantes na vida humana, tal como Cristo, quando foi iniciar a Sua vida pública, ao dirigiu-se ao deserto para dedicar-se à oração, para recolher-se interiormente e encher-se mais de Deus.

Participaram nesta vetusta procissão muitos Romeiros da Ouvidoria da Ribeira Grande, bem como representações bombeiros voluntários, escuteiros e da Escola Secundária. Outrossim, registaram-se muitas promessas que ladearam o andor do Senhor Santo Cristo, numa devoção secular na cidade da Ribeira Grande.

A Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, tendo em atenção que o ex-convento se encontrava desocupado, solicitou à Rainha D. Maria II a concessão do mesmo, para instalação do seu hospital. O pedido foi satisfeito em 1839, ficando a Santa Casa como sua proprietária.

Recentemente, a Igreja dos Frades foi recuperada no seu interior, bem como seis retábulos, entre os quais a capela-mor e a capela do Senhor Santo Cristo da Ordem Terceira. De entre as pinturas recuperadas e datadas da fundação da igreja e imagens que relatam a história de São Francisco, foi possível recuperar um valioso património, como uma pintura que, segundo os especialistas, vem a ser o quarto exemplar do país, dedicado à devoção a Santa Úrsula.

Presentemente, aquele templo foi transformado em Museu Vivo do Franciscanismo, sendo gerido pela Câmara Municipal e constitui um ponto de visita obrigatória da cidade da Ribeira Grande. Nesta festa é de realçar o empenho e o entusiasmo dos funcionários daquele Museu que se esmeraram na organização destas festividades anuais, bem como a Paróquia da Conceição e a Câmara Municipal pelo apoio prestado à Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande.

Relacionado
 

 

Voltar